A ansiedade é uma emoção normal e necessária à vida, todos nós a experimentamos em vários momentos. Porém algumas pessoas sofrem de um transtorno de ansiedade, chamado de Transtorno de Ansiedade Generalizada (mais conhecido pela sigla TAG).
O TAG é um distúrbio de ansiedade crônico e flutuante, em que as pessoas não conseguem evitar suas preocupações, mesmo percebendo que grande parte delas é injustificada. Existe uma excessiva preocupação com saúde, bem estar dos familiares, dinheiro ou trabalho. Há também uma incapacidade de relaxar, mesmo quando há possibilidades de fazê-lo e, muitas vezes, há problemas para iniciar ou manter o sono, gerando sensações de cansaço e problemas para se concentrar
Uma doença em que o indivíduo apresenta preocupação excessiva ou expectativa apreensiva. Essa condição perdura por períodos prolongados, geralmente superiores a seis meses, e compromete a qualidade de vida das pessoas, muito mais do que a ansiedade natural, que qualquer pessoa vivencia em alguns momentos.
Diferentemente da maioria dos transtornos de ansiedade, nos quais há crises agudas, com sintomas físicos intensos, a pessoa acometida pela TAG sofre de uma ansiedade mais amena, porém constante — é como se o paciente simplesmente não conseguisse parar de se preocupar.
Estes sentimentos surgem em relação às mais diversas esferas da vida humana e podem mudar de foco a qualquer momento.
O transtorno é associado a sintomas físicos (dores inespecíficas, palpitações,
As mulheres são duas vezes mais acometidas pela ansiedade generalizada do que os homens. A prevalência desse transtorno na população é relativamente alta, em torno de 3% da população geral sendo também o tipo de transtorno de ansiedade mais frequente do grupo dos transtornos de ansiedade. Nos períodos naturais de estresse os sintomas tendem a piorar, ainda que o estresse seja bom, como o próprio casamento ou um novo emprego. As mulheres abaixo de 20 anos são as mais acometidas, podendo, contudo, começar antes disso, desde a infância, ou pelo contrário, em idades mais avançadas, apesar da idade avançada diminuir as chances do surgimento de transtornos de ansiedade.
Fatores genéticos: algumas pessoas teriam uma maior suscetibilidade ou vulnerabilidade para desenvolver o transtorno por conta do temperamento mais ansioso. Estudos mostram crianças difíceis no primeiro ano de vida (choro, dificuldade de dormir, dores, etc.).
Fatores ambientais: alguns autores apontam que a convivência com pais e irmãos superprotetores, intrusivos, controladores e que oferecem ajuda excessiva auxilia no desenvolvimento de uma evitação aos estímulos ameaçadores; as mensagens recebidas pelos pais em relação às informações de perigo podem contribuir também para o desenvolvimento de crenças que levam a pessoa a avaliar o mundo como um lugar perigoso e que ela deve estar em constante vigilância.
O diagnóstico do transtorno de ansiedade generalizada pode ser realizado por um neurologista ou psiquiatra. Geralmente, é por meio de uma conversa com o paciente e por meio do estudo dos sintomas que se chega ao diagnóstico. O médico irá fazer perguntas acerca do estilo de vida, mudanças recentes, problemas no trabalho, no relacionamento ou acerca de traumas de infância. É preciso também entender quando os sintomas começaram a surgir e se é possível estar relacionado a alguma outra condição como a depressão. O transtorno de ansiedade generalizada pode ter origem genética, por isso, perguntas sobre o histórico familiar também podem ser feitas.
Com base nas respostas e no estudo dos sintomas geralmente um diagnóstico é estabelecido. O tratamento do transtorno de ansiedade generalizada normalmente tem como base o uso de medicamentos e a terapia. É preciso um acompanhamento psicológico, de forma a entender e colocar fim ao que vem gerando tanta preocupação e ansiedade, e o uso de medicamentos antidepressivos em alguns casos. Na grande maioria das vezes, quando precocemente detectado, o transtorno de ansiedade generalizada possui um prognóstico positivo.