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Medos e fobias nas crianças – Como trabalhar?

O medo é uma reação que surge, quando nos encontramos em situações que consideramos perigosas. É uma emoção comum a todo ser humano em determinados momentos da sua vida.

Aproximadamente 50% das crianças sentem algum medo, e é mais evidente nas meninas do que nos meninos. Os meninos também os têm, no entanto, como são mais reservados na forma como se expressam, os medos nem sempre são observados pelos pais ou outros elementos significativos na vida da criança.

Os medos na infância são comuns

De acordo com um estudo, 43% das crianças entre 6 e 12 anos apresentaram muitos medos e preocupações. O medo da escuridão ou de ser deixado sozinho no escuro, é um dos medos mais comuns nesta faixa etária.

Outros medos na infância:

  • Medo de animais, como cachorros;
  • Medo de incêndios,
  • Medo de lugares altos;
  • Medo de tempestades.

Outros, tem o reflexo direto do que as crianças e/ou os pais assistem nos noticiários. Elas estão se preocupando com assaltantes, sequestradores ou guerra nuclear. Se houve uma doença séria recente ou a morte na família, eles podem ficar preocupados com a saúde daqueles ao seu redor.

Medo ou fobia?

No entanto, em algumas ocasiões estes medos transformam-se em fobias, dando lugar a um estado de ansiedade e nervos que podem dificultar o desenvolvimento psicológico da criança. Quando falamos de fobias infantis referimo-nos a medos exagerados que não apresentam mecanismos adaptativos, que aparecem ou persistem em idades inadequadas (o medo dos cães é normal aos 3 anos, mas é uma fobia aos quinze), que se repetem perante a mesma situação ou objeto preciso, não cedem ao desenvolvimento, são persistentes e, sobretudo, alteram a vida familiar e social da criança e são uma fonte de sofrimento para ela. Como resultado disso, tente evitar sistematicamente essa situação: é, nesse momento, que a situação de medo passa a ser fobia (essa é a sua estratégia, evitar).

Na maioria dos casos, o medo é passageiro, próprio da idade e tende a desaparecer de forma natural. Contudo, quando se torna exagerado, desproporcionado, excessivamente intenso e persistente, acaba por resultar em sofrimento para a criança. Nestes casos, estamos já perante um quadro fóbico. Uma fobia é um medo persistente e irracional que leva a criança a evitar a todo o custo, ou a suportar com um sofrimento enorme, situações, objetos ou atividades que são assustadoras para si. A fobia carateriza-se por um aumento da ansiedade a limites que impedem a criança de funcionar normalmente. As fobias nas crianças têm como pano de fundo a angústia de desamparo, o medo de abandono e as relações pais filhos. As crianças inseguras e com pouca autoestima tendem a desenvolver mais frequentemente fobias.

Quando se deve tratar a fobia nas crianças?
Quando os pais perceberem que a vida da criança e adolescente está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida.
Todas as fobias tem que ser tratadas?
Algumas fobias não terão necessidade de ser tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).
Se você identificou que seu filho está com medo ou fobia, entre em contato e agende uma sessão de avaliação. O tratamento para as fobias infantis é feito com psicoterapia e acompanhamento com u, profissional da psicologia.